Madrid derruba monumentos<br>da ditadura
O município de Madrid, dirigido por uma maioria de esquerda, começou na semana passada a remover monumentos da ditadura fascista de Francisco Franco, que ainda se mantinham em várias ruas e praças da capital de Espanha.
A medida foi aprovada em Dezembro com os votos favoráveis dos eleitos pela plataforma de esquerda «Agora Madrid», do Partido Socialista (PSOE) e do partido liberal Ciudadanos. Os conservadores do Parido Popular (PP) votaram contra.
O executivo liderado por Manuela Carmena já mandou retirar placas e lápides comemorativas e mudará o nome a cerca de 30 ruas, algumas das quais receberão os nomes de vítimas do regime fascista.
Estas alterações estão a ser feitas ao abrigo da Lei da Memória Histórica, aprovada, em 2007, durante a governação de José Luis Rodríguez Zapatero, que reconheceu os direitos das vítimas da guerra civil (1936-1939) e determinou, entre outros aspectos, a remoção do espaço público de referências do franquismo.
Os eleitos do Partido Popular (que no governo nunca cumpriu a lei) opuseram-se à decisão da maioria municipal, alegando que contraria a ideia de «reconciliação nacional».